Por que 1/137?
Mistérios!Quanto mais procuramos adentrar no caminho do conhecimento, mais nos deparamos com intrigantes aspectos que nos envolvem e enredam nos grandes enigmas da ainda rudimentar e incipiente mente humana.
Einstein, uma das luzes da ciência no século XX
quedava-se bastante aborrecido quando esbarrava com um desses mistérios e
costumava dizer. “Deus não joga dados”,
definindo dessa forma sua aversão às explicações dadas por conta do acaso.
Ainda do grande cientista foi a frase “a
ciência sem a religião é capenga e a religião sem a ciência é cega! ”
Infelizmente continuamos capengas de um lado e cegos
do outro e sem qualquer perspectiva de unir os conceitos para atingir um lugar
comum. Isto porque ambas, ciência e religião são um tanto fanáticas em seus
postulados e apesar de ficar provado que a verdade de hoje fatalmente será a
mentira de amanhã, mesmo assim, os caminhos são bastante divergentes.
Um desses enigmas cuja a ciência não consegue
definir e a religião não pode explicar é o misterioso número 137. Segundo
cientistas que estudaram esse número, cujo inverso é a constante de sintonia
fina 1/137, chegaram à conclusão de que este é o algarismo mais importante da
ciência moderna. Mas por que? Por que se refere à capacidade dos elétrons de
absorver um fóton liberando um quantum de energia base de toda a teoria da
mecânica quântica.
Richard Feynman um dos maiores físico do século
passado descreve o número 137 da seguinte forma: “tem sido um
mistério desde que ele foi descoberto há 50 anos atrás, e todos os bons físicos
teóricos colocaram esse número no alto de seu mural e se preocuparam com ele.
Este é um dos maiores mistérios da física: um número mágico que chega para nós
sem que consigamos compreendê-lo. Pode-se dizer que “a mão de Deus escreveu tal
número, e nós não sabemos de que modo Ele empunhou o seu lápis”.
O físico
Wolfgang Pauli (1900-1958), outro ícone sagrado, Prêmio Nobel de física em
1945, por ter sido o descobridor do princípio da exclusão que leva o seu nome e
diz que dois elétrons do mesmo átomo não podem jamais possuir os seus quatro
números quânticos iguais ficou obcecado pelo 137 a ponto de dizer que se lhe
fosse permitido fazer uma pergunta a Deus, tal pergunta seria: “Por que 1/137?
”
Durante anos Pauli estudou o
número 1/137 que aparece na teoria atômica, e é conhecido como “constante de
estrutura fina”. O número foi encontrado em 1916 pelo orientador de Pauli,
Arnold Sommerfeld, e seu inverso é muito próximo do número 137; para ser mais
exato, é 137,036... O interesse neste número surge do fato de que ele não
depende das unidades adotadas (por exemplo, metros ou centímetros). Um povo na
galáxia de Andrômeda encontraria o mesmo valor 1/137 para esta constante, cujo
valor é calculado a partir da expressão (2 π e² / h c), onde e é a carga do elétron, h a constante de Planck e c a velocidade da luz no vácuo.
O primeiro a perceber que a
constante de estrutura fina é o inverso de 137 foi o astrônomo Arthur
Eddington, em 1929, que buscou uma explicação para este fato, o que foi
recebido com risos pela comunidade científica. Porém, o próprio Pauli se voltou
para esta questão, em 1934, buscando derivar o valor desta constante a partir
da teoria quântica de campos que ele e Heisenberg estavam tentando desenvolver
(e que acabou não vingando). Voltaram ao assunto em 1957, novamente
fracassando. Vários físicos refletiram sobre este número e sua importância,
como Max Born e Richard Feynman. Um amigo de Pauli observou que o número 137
tem significado especial na cabala judaica; o número apareceu em sonhos de Pauli e fez
parte de suas discussões com Jung. Quando Pauli morreu, ele estava internado no
quarto 137 do Hospital da Cruz Vermelha de Zurique![1]
Mas a
grande surpresa é que o número 137 é estudado na gematria, a ciência da
Kabbalah que atribui valor numérico à cada palavra. E a soma da palavra
kabbalah é, justamente 137... Isso mostra o axioma hermético que diz “o que
está em cima é como o que está embaixo”. A kabbalah estuda a luz que emana do
Ain Soph, o Supremo Ser, e desce do plano mais elevado, Keter, a coroa, até o
plano mais inferior, Malkut, o plano físico. Pela analogia do nosso axioma acima,
a ciência mostra o elétron se transformando em luz, ou o momento mágico em que
a partícula passa a comportar-se como onda liberando uma energia igual a um
quantum.
A soma
esotérica ou cabalística do número 137 resulta no número onze, ou seja 1+3+7 =
11. O número onze tem especial lugar dentro da kabbalah. Ele é considerado um
número de poder; duas vezes onze resulta vinte e dois, ou seja, o número de
letras do alfabeto hebraico ponto de partida para o estudo da gematria. Segundo
a crença judaica explicado através da kabbalah o universo foi criado pelo som
da palavra sagrada evocada pelo Criador (no princípio era O Verbo). O som de tal
palavra que não podia ser pronunciada a não ser pelo Sumo Sacerdote dentro do
Sanctum Sanctorum, segundo a tradição perdeu-se para sempre.
Segundo a
memória da transmissão oral, o anjo Yofiel, o anjo Principe da Torá, leva
consigo o número 137. Esse anjo foi quem ensinou a Moisés os segredos da
kabbalah cujo valor numérico é 137.
Ainda
estudando esse número misterioso encontramos que ele é o 33º número primo e o
número 33 tem significado místico e cabalístico bastante interessante (idade de
Cristo, número de graus maçônicos, etc).
Outro
fato interessante é que a NASA através do Wilkinson Microwave Anisotropy Probe
(WMAP) obteve a melhor maneira para medir a idade do Universo, até à presente
data chegando à seguinte conclusão: a idade do Universo é de 13,7 bilhões de
anos”.
Hoje
existe na rede de computadores inúmeros sites que tratam do número 137 e suas
interações mágicas entre a ciência e o misticismo expresso na kabbalah que
podem ser acessados e pesquisados. Deixamos aqui algumas dessas “curiosidades”
que absolutamente podem ser chamadas de coincidências, Grandes cientistas e
pesquisadores renomados passam anos tentando resolver seus dilemas, o que
mostra que tal estudo está longe de ser supérfluo ou motivo de brincadeiras.
O fato é
que a frase “existe mais coisa entre o céu e a terra do supõe nossa vã
filosofia” torna-se agora bastante verdadeira após quinhentos anos. Por isso
somos favoráveis a que ciência e religião procurem polir suas arestas e sejam
mais tolerantes na busca e pesquisa por nossas origens. A cada dia que passa
chegam novas informações e descobertas que vem corroborar axiomas antigos que
mostraram caminhos àqueles que quiseram trilha-los. A hora é de superar
vaidades e orgulhos que só frustram as verdadeiras conquistas.
Cremos
que o homem caminha para um novo horizonte onde o conhecimento científico
fundir-se-á no avanço moral e ético para que se possa atingir em breve um
patamar muito mais útil do que as lutas e guerras que se espalham pela terra,
trazendo dor e sofrimento. Estas sangrentas guerras dão-se, muitas vezes em
nome de um falso Deus que jamais se assemelhou ao Supremo Criador do Universo,
mas sempre para locupletar a ganância e a fome de poder dos governos
irresponsáveis que compõe o planeta..
Fergi Cavalca
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