quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

PARA ONDE VAMOS?


ALERTA AOS JOVENS
Durante uma boa parte da minha vida trabalhei como professor lecionando para a adolescência e juventude. Nesse importante mister constatei que grande número de meus alunos, quase sempre meninos e moços de boa família, esqueciam-se dos melhores propósitos educacionais e geralmente transformavam-se em reféns da tecnologia em detrimento de um conceito de vida mais elevado e pleno. As redes sociais, não obstante, cumpram o papel de aproximar pessoas, paradoxalmente afastam-nas do estudo, do conhecimento e da cultura. É o processo engendrado por George Orwell em seu livro 1984, com a novilingua, o duplipensar, o Big-brother e o pérfido dístico do partido que diz: guerra é paz; liberdade é escravidão; ignorância é força. Evidentemente Orwell nos assinala com outros fatores alienantes que na sua visão futurística todos, sem exceção, visam o embrutecimento gradativo da massa.
E essa observação se estende genericamente, mostrando uma tendência global na qual o jovem se isenta da autoestima que o dignifica e se entrega a situações estranhas à sua natureza, pouco ou às vezes nada recomendáveis. Isso vai contra seu papel como ser humano, em sua escalada progressiva e tirando-o da vanguarda da importante missão planetária que lhe é imputada no limiar desse século XXI. Na verdade, é impressionante a falta valores de foro íntimo, domésticos ou essenciais, tais como educação, cultura, solidariedade, família, participação comunitária, civilidade, e outros que seriam convenientes serem ministrados sob as paredes do lar contribuindo com a construção de um status de vida mais humanitário, contrariando o rumo que as coisas tomaram.
A geração do porvir ainda não sente os sintomas da profunda ferida que se alastra por todas as nações da Terra! Esta clama desesperada por providências drásticas que possam, enfim, curá-la; mas em vez de lutarem por um planeta melhor, a juventude distancia-se e fica gradativamente à margem do processo, longe da formação psicológica e social desejável para o adolescente hodierno. Mas se formos analisar melhor, não são eles os maiores culpados. Foi a geração anterior que errou, a nossa, que não soube transmitir valores cabíveis para o momento único pelo qual estamos passando.
Ora, sabemos que o progresso humano se faz através de renovação de valores; o novo tende a substituir o velho! Nesse ponto reside a importância da mocidade no processo crítico e decisivo pelo qual passa a humanidade; e o processo termina dando-nos uma grande preocupação, uma dor de cabeça enorme, visto que com a débâcle cultural o jovem perde inexoravelmente a sua memória ancestral; a cada dia vai-se olvidando um pouquinho mais o contato com o passado, deixando de auferir o precioso conhecimento dos filósofos, luminares, exemplos ou vultos de outrora. Infelizmente isso gera um fato que, sem dúvida, nos sonega inúmeras informações de relevância da nossa história. Essa ação vai pouco a pouco solapando o edifício cultural humano e traz em seu bojo riscos iminentes de desmoronamento social e moral.
Por outro lado, assistimos com pesar o crudelíssimo aumento da violência, do hedonismo, do egotismo, da falta de objetivo e do esvaziamento mental, devido à carência de interesses pelos assuntos que se reportam ao espírito. O corpo, esse sim, vem assumindo invariavelmente um super papel de altar principal onde se cultua a deusa vaidade com todos os rituais que ela exige; e haja academias, salões de beleza, fisiculturismo, plásticas estéticas, lipoaspirações, silicones espalhados pelo corpo... Não que isso seja ruim, mas provoca uma tendência a substituir objetivos sérios por situações fúteis que induzem a tolices cada vez maiores. Mas o que fazer? É preciso inventar algo que desperte interesse, que prenda a atenção e altere esse quadro, com pressa, mas sem afobação, para não cairmos novamente no absurdo de constituir uma comunidade descompromissada com seu próprio futuro, seja individual ou grupal.
Durante a minha caminhada na vida, algumas pessoas que me conhecem e sabem do meu interesse e dedicação ao estudo do esoterismo, pediram até com alguma insistência, que eu estudasse a possibilidade de ministrar um curso para ensinar como obter a “chave mestra” do hermetismo, capaz de abrir todas as portas do templo. Entretanto afirmo sem qualquer receio de errar, que essa chave já está ao alcance de qualquer pessoa que queira utilizá-la. Não há a mínima necessidade de cursos diretivos e especializados; é preciso sim, que alguém com paciência e prática suficiente para fornecer ensinamentos, mostre ao mundo uma necessidade de se melhorar o caráter das pessoas. Outro dia li uma frase que dizia: “Em lugar de deixar um planeta melhor para nossos filhos, deveríamos nos preocupar em deixar filhos melhores para o nosso planeta”. Sirvo-me dela como um aviso de alerta importante para o futuro.
O ser humano deve lutar para atingir um estágio de quietude e paz interior, um esclarecimento objetivo, uma orientação básica suficientemente ilustrativa do verdadeiro papel que vamos representar na intrincada peça da vida. E finalmente entender que é preciso esquecer de vez qualquer recompensa pessoal e dedicar-se mais a melhorar os índices coletivos; essa é a condição “sine qua nom” para se atingir a meta proposta a um planeta decente.
A tão procurada “chave mestra” passa agora a situar-se dentro do coração de cada um! O essencial para o ser humano progredir encontra-se, indubitavelmente, no seu comportamento ético e moral, no estudo e observação sistemática de fenômenos naturais, no procedimento frente à sociedade e à família... isso, sem qualquer sombra de dúvida, sobrepujará fórmulas secretas e mirabolantes, ou conjuras mágicas e cabalísticas que invoquem momentos sobrenaturais tão ao gosto do neófito exigente, mas bastante avesso ao verdadeiro buscador que peregrina pela senda à procura da Verdadeira Luz


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